quarta-feira, 2 de junho de 2010

O Público decidiu publicar... propaganda!

Quando as palavras utilizadas no título duma noticia são dadas por um meio de comunicação social que se diz credível e isento (Público), tendemos a ficar condicionados por elas (à prior é mais é mais fácil concordar do que discordar), esperamos que isso se reflita no conteudo da noticia que vamos lêr ou, neste caso, no conteudo do video que vamos vêr. Publicado sem filtros, sem nenhuma investigação ou desenvolvimento critico ou analitico, aproveitando apenas a informação divulgada pelo o estado que a emitiu, o Público decidiu publicar... propaganda! Ora, o video contradiz o titulo: "linchamento de soldados israelitas bem orquestrado". Do que sabemos agora, o barco civil estava em águas internacionais e transportava ajuda humanitária juntamente com representantes dessas organizações. Então, o que o video mostra, pode ser considerado um acto de pirataria do estado Israel. Um barco civil atacado por forças especiais israelitas fortemente armadas. Se as pessoas do barco se prepararam para o ataque foi porque os atacantes israelitas não tinha forma de o fazer de forma dissimulada, uma vez que abordaram o navio descendo de helicópteros perfeitamente visiveis. De modo nenhum se pode inverter as responsabilidades, como a maior parte da comunicação social faz neste caso e na maioria em tudo o que se refere à ocupação Israelita. É sempre preciso lembrar que é a Palestina que está ocupada e os palestinos são as VITIMAS nesta guerra. Mesmo que atirem rockets para Israel, os palestinos estão a combater uma OCUPAÇÃO. Não se pode inverter responsabilidas mais uma vez! Em qualquer dos casos, Isreal é o OCUPANTE, o AGRESSOR!

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

Euro-Americanos

Nos dias do politicamente correcto, a maioria dos brancos americanos deveriam ser categorizados de Euro-Americanos, ou no ainda mais PC, "European-American", por contraste com os Afro-Americanos, ou no politicamente correcto "African-American".
A maioria dos americanos que descende directamente de africanos, não tem qualquer ligação cultural, social ou politica a África. Na prática o seu conhecimento de África é quase nulo, como o da maioria dos americanos.
Descendentes de escravos trazidos nos anos de 1600 pelos mercadores portugueses, e pelos mesmos denominados de Negros. Uma palavra que os colonos ingleses adoptaram como "Negroes" e levou a uma variante de prenunciação que se veio a traduzir em "Niger" ou "nigger", com uma conotação neutra no inicio, mas que se veio a tornar cada vez mais pejorativa.
Para além de enfatizar o orgulho na sua (remota) herança africana, o termo Afro-Americano foi adoptado em 1890 para retirar a carga negativa e xenófoba de outras designações, mas também para se tornar factor de união e força na revindicação de direitos e garantias na perspectiva duma sociedade igualitária e multicultural.
No entanto, a expressão "European-American" e "African-American" é igualmente absurda. Ninguém chamaria "African-American" a um Sul-Africano branco que se naturalizasse americano.
Na prática, a questão não é a côr da pele. Se pensarmos bem, a verdadeira questão é... a "diferença".
E se a suportamos ou não, se nos sentimos confortáveis ou não com ela mesmo antes de percebermos que a "diferença"...
...não faz diferença!

segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

O Dia Da Raça?...

Este foi o slogan escolhido pelo nosso presidente para galvanizar o nosso país para acção em determinado momento. Parece, assim, que a competitividade da nossa sociedade se promove com evocação da glória e o orgulho de ser português, ou seja, um pouco de nacionalismo não seria mau numa sociedade auto-flageladora.
No entanto, fora de contexto, parece que a competitividade da nossa sociedade se promove com... o racismo!
Ora, só quem desconheça o nosso presidente poderá pensar tal coisa. O senhor formou-se em economia, e não em biologia (ou relações públicas)! O tacto, a sensibilidade, a subtileza ficaram em casa nesse dia. O Senhor Professor Doutor Cavaco Silva não é conhecido pela oratória e eloquência, mas sim pelos silêncios e tabus doutros tempos.
No entanto, se o senhor presidente conhecesse um pouco de biologia saberia que a espécie humana não têm subdivisões de raça como a maior parte das espécies. A diferença genética entre quaisquer duas pessoas escolhidas ao acaso é em média menos de 0,1% e apenas 8% destas diferenças separam grupos populacionais de continentes distintos. Assim, biologicamente falando, não faz qualquer sentido falar em raça na espécie humana.
Curiosamente, devem ter ser sido os portugueses a trazer a noção de raça para o mundo ocidental, através dos primeiros contactos com o continente africano à volta do século XV.