segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

Euro-Americanos

Nos dias do politicamente correcto, a maioria dos brancos americanos deveriam ser categorizados de Euro-Americanos, ou no ainda mais PC, "European-American", por contraste com os Afro-Americanos, ou no politicamente correcto "African-American".
A maioria dos americanos que descende directamente de africanos, não tem qualquer ligação cultural, social ou politica a África. Na prática o seu conhecimento de África é quase nulo, como o da maioria dos americanos.
Descendentes de escravos trazidos nos anos de 1600 pelos mercadores portugueses, e pelos mesmos denominados de Negros. Uma palavra que os colonos ingleses adoptaram como "Negroes" e levou a uma variante de prenunciação que se veio a traduzir em "Niger" ou "nigger", com uma conotação neutra no inicio, mas que se veio a tornar cada vez mais pejorativa.
Para além de enfatizar o orgulho na sua (remota) herança africana, o termo Afro-Americano foi adoptado em 1890 para retirar a carga negativa e xenófoba de outras designações, mas também para se tornar factor de união e força na revindicação de direitos e garantias na perspectiva duma sociedade igualitária e multicultural.
No entanto, a expressão "European-American" e "African-American" é igualmente absurda. Ninguém chamaria "African-American" a um Sul-Africano branco que se naturalizasse americano.
Na prática, a questão não é a côr da pele. Se pensarmos bem, a verdadeira questão é... a "diferença".
E se a suportamos ou não, se nos sentimos confortáveis ou não com ela mesmo antes de percebermos que a "diferença"...
...não faz diferença!

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